sábado, 30 de abril de 2016

Àfrica, terra dos meus pais, em nome de Deus, cale a boca desse mundo



Países africanos entre os que mais crescem no mundo
Data: 28/04/2016








Três países africanos figuram na lista dos dez países que registaram maior crescimento económico no mundo, anunciou ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI).

No relatório de Abril, o FMI precisou que sete destes dez países se situam na Ásia  e que a média de crescimento destes países varia entre 6,6 por cento e 8,6 por cento.

Myanmar ocupa o primeiro lugar dos países com forte crescimento em 2016 com uma taxa de 8,6 por cento graças às reformas políticas e económicas que apoiaram o crescimento económico no país, seguido pela Costa do Marfim com uma taxa de 8,5 por cento e pelo     com 7,4 por cento.

Os dois outros países africanos,  a Tanzânia e o Senegal, ocupam o 8.º e 10.º lugares com 6,9 por cento e 6,6 por cento de taxa de crescimento.

O FMI diz que os países desenvolvidos têm um crescimento mais sólido que os emergentes, mas dentro de ambos os grupos também há diferenças.

Para o FMI, os Estados Unidos fazem melhor que a Europa e o Japão, enquanto a Ásia goza de melhores condições que a América Latina.

Enquanto os EUA já começaram a elevar taxas, uma receita que os especialistas acreditam que o Reino Unido vai copiar nos próximos meses, Europa e Japão mantém as suas políticas expansivas pelo menos até 2017.

“Essa divergência cíclica representa um grave risco económico  em todo o mundo para o qual não existe um remédio óbvio” adverte Janwillem Acket, economista-chefe do Bank Julius Baer.

domingo, 17 de abril de 2016

Vergonha global, golpe



Rubens Bueno diz que Brasil pensará em novo projeto com saída de Dilma
  • 17/04/2016 23h06
  • Brasília
Karine Melo, Carolina Gonçalves e Pedro Peduzzi - Repórteres da Agência Brasil
Em tom de vitória mesmo antes de atingirem os 342 necessários para autorizar o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), fez duras críticas a Dilma. “Nós brasileiros temos de ajudar o país a sair da grave situação em que se encontra . A crise chama-se Dilma Rousseff. Saindo a Dilma, vamos respirar aliviados. O Brasil distensionadamente começará a pensar em um novo projeto”, disse.

Bueno disse ainda que, no Senado, a votação que vai definir a admissibilidade do processo será por maioria simples e a partir daí lembrou que a presidenta será afastada do cargo por 180 dias, “Quem é afastado imediatamente da Presidência da República jamais voltará”, afirmou.

Sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que assumirá o papel de vice-presidente da República em caso de derrota do governo, o deputado lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a julgar o pedido do PPS, que pede o afastamento.

Saiba Mais
“A situção do presidente da Câmara é insustentável. Ele já está denunciado, já é réu em sete processos e todos aqueles que tiverem processos de forma insustentável tem de resolver com a Justiça e não pela política”, acrescentou.

Cunha
Com a vitória a favor do impechament se aproximando, outro deputado de oposição a se manifestar, Júlio Delgado (PSB- MG), admitiu que o presidente da Câmara é uma grande preocupação. “Hoje, Cunha ganha, mas, ao passar a fase do processo de impeachment na Câmara, passa a ser vitrine única. A limpeza da Casa passa pelo afastamento de Cunha”, disse.

Futuro
Para o líder do DEM, deputado Pauderney Avleino (AM), o futuro de Cunha como presidente da Câmara ainda é incerto. Sobre um possível governo do PMDB, ele apontou como vantagem a fato de, segundo ele, o vice-presidente, Michel Temer, pensar completamente diferente do PT na economia e na política.

“É um tiro que estamos dando. Mas não estamos dando um tiro no escuro. Estamos vendo o alvo e tenho certeza de que esse alvo será atingido”, afirmou, ressaltando que as condições para a participação do DEM em um possível governo Temer já foram apresentadas.
Edição: Armando Cardoso

domingo, 10 de abril de 2016

Mobilização contra o golpe, Brasil



Estudantes fazem aula pública em defesa da democracia e contra o impeachment
  • 09/04/2016 16h41
  • São Paulo
Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
Estudantes de diversas universidades de São Paulo e movimentos estudantis realizaram hoje (9) uma aula pública em defesa de democracia e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Praça Roosevelt, região central da capital paulista. Os presentes estavam em busca de posicionamentos e ideias que ajudassem a compreender a conjuntura política atual.

A professora de arquitetura da Universidade de São Paulo (USP), Raquel Rolnik, falou da importância do ato em ocupar uma praça pública. “Estamos transformando e concretizando como público um espaço que é público. A Praça Roosevelt é um exemplo disso, um exemplo daquilo que é um dos maiores desafios que a gente tem pela frente, daquilo que não construímos no nosso país: a ideia de um espaço público, de uma esfera pública. A ideia de um estado que é construído, que é pensado, que é estruturado para promover, defender e proteger essa dimensão pública entendida como uma propriedade coletiva do cidadão”, disse.

O ator e escritor Gregório Duvivier defendeu que a presidenta Dilma conclua seu mandato. Ressaltou, no entanto, que essa continuidade não pode ser baseada em "alianças espúrias", referindo-se às alianças partidárias em troca de cargos. “Se a Dilma, por acaso, continuar, e eu torço para que ela continue, que não seja por causa das alianças com os setores mais conservadores da sociedade. Se ela continuar por causa das alianças, que a gente continue na rua protestando”, disse Duvivier ao lembrar que Dilma foi eleita devido a seu projeto de esquerda: “enquanto ela não governar para as pessoas que votaram nela, na esquerda, a gente tem sim que continuar indo às ruas”.

Representando do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos falou que acha importante a sociedade entender o que está em curso no cenário político do país com a possibilidade de impeachment de Dilma. Para ele barrar o que chamou de golpe, é defender a democracia e não defender o governo Dilma e suas políticas.

“Muitos de nós, que estivemos e estamos nas mobilizações, não defendemos essas políticas. Não defendemos ajuste fiscal, não defendemos megaprojetos que passam por cima de comunidades, de tudo e de todos. Não defendemos reforma da previdência, não defendemos uma política que faz com que o andar de baixo, dos trabalhadores, da juventude, dos mais pobres, paguem a conta dessa crise”, disse Boulos.

Participaram também da aula pública Laura Carvalho, professora de economia da USP; Maria Izabel Noronha, presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp); Carina Vitral, presidenta da União Nacional dos Estudantes; e Sandra Mariano, da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen). Participaram da organização do evento, estudantes de diversas universidades incluindo a USP, Cásper Líbero, Pontifícia Universidade Católica , Mackenzie, Faculdades Metropolitanas Unidas, Metodista, Unicamp e a Fundação Escola de Sociologia e Política (Fespsp).

Edição: Denise Griesinger